domingo, 25 de abril de 2010

Pura realidade

Olhe o movimento da rua,
Olhe o movimento do vento,
Olhe o movimento da lua,
Sem se preocupar com o tempo.

Ouça os barulhos,
Sinta os pedregulhos,
Escolha um estilo,
Para definir teu rumo.

Pense na sua infância,

Note as mudanças,
Veja como a folha balança
E a árvore dança.

Olhe um passarinho,
Construindo um ninho,
Olhe os ovinhos,
Tão bonitinhos.

Seguindo o caminho,
Vi um bandido,
Que passou despercebido,
Pelos guardas perdidos.

A procura do meu destino,
Segui com meu caminho,
Ainda perdido,
Encontrei um menino.

Menino sozinho,
Com escasso de carinho,
Tinha um olhar tão profundo,
Para o nosso estranho mundo.

Em seu olhar havia dor,
Não havia brilho,
Muito menos cor.

Apenas um filho,
Abandonado,
Sem cuidados,
Cansado.

Logo a minha frente, vi uma família,
Com crianças que mal tiveram infância,
Já trabalhadoras,
Escravas do nosso dia-a-dia,
Em busca de comida,
Para sobreviver, a essa vida.

Será essa a realidade?
Sem muita felicidade,
Em nossa cidade?


23-25/04/10

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