quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

A ampulheta da madrugada

E no silêncio da madrugada,
Um sorriso e uma careta surgem,
Após as luzes serem apagadas.

Como uma ampulheta,
A vida continua,
Devagar,
Mas chegando lá.

Sem tropeçar,
Com todo o cuidado, para não cair.
Afinal, esse silêncio é finito.
O sol já vai sair,
E todo o barulho da cidade irá se completar.
Como o atrito,
Que tem na barba de um homem ao encostar no outro.
Um estouro,
Para alguns.
E algo belo,
Para outros.

Talvez o poema tenha perdido sua noção,
No meio do caminho.
Mas no final,
Há sempre um coração,
Com um espinho
Terminal.

18.01.12


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