Deitada no meio da rua,
Congelada, pelo sol,
Que pouco aquece o asfalto,
E nem se quer ilumina o dia.
A rua está vazia,
E eu solitária.
Sinto o vento frio,
Congelar o meu cabelo.
Ouço ele chorar,
Pelo mundo mal feito.
Não sei se o vento tem DNA,
Não sei se ele respira,
Não sei se ele se alimenta,
Só sei que ele se comunica.
Não sou louca,
Muito menos doida,
Só não sou é surda.
O tempo está frio,
Mas está bonito.
Nuvens cinzas,
Céu preto.
Rua vazia,
Sem o som das buzinas.
Não é sonho,
Só é o horário do jogo.
Ao meu redor,
Portas fechadas.
Na fachada,
Tem verde,
Tem amarelo.
Cadê o branco?
Cadê o azul?
Ser brasileiro,
Não é ter duas cores,
E sim todas!
Ser brasileiro,
Não é pensar com o dinheiro,
Mas com o coração,
Sentir a emoção.
Sou brasileira,
Não sei se companheira do futebol...
Mas sempre,
Fiel ao meu país.
Posso não estar na frente de uma televisão,
Vendo a bandeira,
Esticada com o verde,
Com o amarelo,
Com o azul,
Com o branco.
Mas estou,
Deitada no meio da rua,
Pensando com o meu coração.
O verde, está ao meu lado,
O amarelo, começa agora, me esquentar,
O azul, na minha frente, driblando das nuvens cinzas.
E o branco, nos botões do meu Ipod.
11/06/10
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