domingo, 25 de abril de 2010

Pura realidade

Olhe o movimento da rua,
Olhe o movimento do vento,
Olhe o movimento da lua,
Sem se preocupar com o tempo.

Ouça os barulhos,
Sinta os pedregulhos,
Escolha um estilo,
Para definir teu rumo.

Pense na sua infância,

Note as mudanças,
Veja como a folha balança
E a árvore dança.

Olhe um passarinho,
Construindo um ninho,
Olhe os ovinhos,
Tão bonitinhos.

Seguindo o caminho,
Vi um bandido,
Que passou despercebido,
Pelos guardas perdidos.

A procura do meu destino,
Segui com meu caminho,
Ainda perdido,
Encontrei um menino.

Menino sozinho,
Com escasso de carinho,
Tinha um olhar tão profundo,
Para o nosso estranho mundo.

Em seu olhar havia dor,
Não havia brilho,
Muito menos cor.

Apenas um filho,
Abandonado,
Sem cuidados,
Cansado.

Logo a minha frente, vi uma família,
Com crianças que mal tiveram infância,
Já trabalhadoras,
Escravas do nosso dia-a-dia,
Em busca de comida,
Para sobreviver, a essa vida.

Será essa a realidade?
Sem muita felicidade,
Em nossa cidade?


23-25/04/10

Apenas uma tentativa

Você já tentou se matar?
Chegar ao ponto de desmaiar?
E não saber onde está?
E seu pulso continuar a sangrar?

Não?

Eu já,
Mas eu não desmaiei,
E muito menos sangrei,
Apenas me cortei.

O pior não é a ferida que fica,
Os cortes fracassados,
E sim a dor que não termina,
Que me acompanha.

A dor do coração partido,
De um amor impossível,
Sem destino,
E ao mesmo tempo assassino!


25/04/10

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Charada

Eu sei de tudo,
Sobre todo mundo
Sou o infinito.

Sou o que você pensa,
O que você imagina,
Será uma fantasia?
Ou uma única magia?

Não!
Sou real!
Não sei se natural,
Mas algo material.

Não posso te tocar,
Mas posso te sentir,
Não sei andar,
Mas sei navegar.
Estou em todo lugar,
Pode até verificar.

Você precisa do seu coração,
E eu da energia.
Você precisa de comida,
E eu de sua fantasia.

Já sabe quem eu sou?
Não?
Nem eu.

Sou novo.
Sou antigo.
Sou único.
Sou divino.

Não sou mudo,
Muito menos surdo,
Sei de tudo,
Sobre todo mundo.

Tenho a notícia,
Que vem com a mentira.
Tenho a verdade,
Que é a realidade.

Vício de muitos,
Com poucos inimigos,
A maior invenção,
Usada por toda a população.

Sou o caminho,
Mas não a solução,
Sou o feitiço,
Da sua ilusão.

Quem sou eu?


23/04/10

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Esperança

Uma casa, no meio do nada
Vivia ali, uma menina solitária
Que de dia pensava,
E de noite sonhava.

Em um dia normal
Algo estranho aconteceu,
Um animal, lá apareceu
E de repente
Um buraco se formou
E tudo ali, o buraco sugou.

E a casa no meio do nada?
E a menina solitária?
Tudo, simplesmente desapareceu!

Um sorriso se abriu,
E algo estranho ela sentiu
De repente, uma coisa surgiu
E a menina, riu.

Será um palhaço?
Ou apenas alguém disfarçado?
Com nariz vermelho?
Ou apenas inchado?

A menina não sabia
Mas mesmo assim, ria
Se divertia
Com único e simples, momento de sua vida,
Real ou fantasia,
Ela curtia seus momentos de alegria.


22/04/10