sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Cultura do estupro


Mais um dia de sol e céu azul, sem uma única nuvem no céu. Outra semana quente, com a temperatura de 37ºC, mas que a sensação térmica está lá para os 40ºC. Sair de casa chega a ser uma batalha, colocar uma  roupa adequada aos princípios ignorantes da sociedade. E vestir uma armadura que resista a qualquer crítica e preconceito que o dia trará. Não importa se ela for de shorts e camiseta ou calça jeans e regata, os olhares e as opiniões serão as mesmas. Seria preciso usar uma burca, para se prevenir de um possível estupro e bloquear todos os olhares e questionamentos se ela merece ou não ser abusada?

25.09.15

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Bilhetinho do amor

Fecho os olhos, e a única imagem que transparece na minha mente, é você sorrindo, enquanto seus olhos estão fechados, sonhando tanto que nem sei. Não tem como esquecer, de você deitado ao meu lado, tentando com todas as forças dormir, mas sem sucesso. Porque estou ao seu lado, com mil assuntos, elétrica não sei por que, te importunando com muito amor. Não tem como esquecer, apenas me apegar a este momento, e contar os dias, minutos, segundos, até te ver de novo.

São muitos momentos, guardados, com todos os códigos e cadeados. Em um potinho, todo enfeitado e discreto. Só meu, só eu sei onde está. Nossos momentos estão lá. Suas brincadeiras, seu sorriso, seu abraço, cada qualidade sua está lá.

09.04.15

quinta-feira, 26 de março de 2015

Texto humanizado

Naquela manhã nublada do primeiro sábado de março, até que ao redor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, estava bastante movimentada.  Eram apenas 8h15 da manhã e quase não se achava vagas para os carros estacionarem. A Av. Professor Mello Moraes estava dominada de corredores, alguns senhores que demonstravam mais saúde que muitos jovens. A cada 10 minutos, grupos de mais ou menos 15 ciclistas passavam em grande velocidade na grande avenida, sem muita preocupação se há pessoas na frente ou não, o importante era continuar pedalando.
O projeto da Escola Politécnica foi feito pelo escritório do arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo, muito conceituado na época e responsável por outras grandes obras espalhadas pela cidade de São Paulo, como por exemplo o Teatro Municipal. Antes mesmo da criação da USP, em 1934, a POLI foi construída em 1893, foi a primeira escola de engenharia do Estado de São Paulo.
Aos sábados, a USP é bastante povoada, faça chuva, faça sol, há pessoas de todas idades fazendo seus exercícios diários. A Av. Prof. Mello Moraes, ao lado da Raia Olímpica da USP é o ponto preferido dos corredores, pois é um percurso de mais ou menos 2km em linha reta, sem muita subida ou descida.

(não lembro a dada) 2015



domingo, 8 de fevereiro de 2015

Dias e noites

   Eu não me importaria de ganhar o seu primeiro e último beijo do dia. De aproveitar o dia inteiro, e no final, te contar tudo sobre, nem que não tenha nenhuma novidade, simplesmente falar e tagarelar sobre um assunto aleatório, sem nenhuma importância, apenas ter o prazer da sua companhia. Dormir envolta dos seus braços, com os nossos rostos tão próximos, que nossa respiração pareça uma única.
   Infelizmente isso não acontece com tanta frequência. À vezes em breves períodos nos nossos fins de semanas juntos. Mas aconteceu um pouco no nosso final e começo de ano, juntos até enjoar, no Guarujá. E foi bom, muito bom, simplesmente conviver ao seu lado o dia inteiro todos os dias durante oito dias. Mas eu não me importaria de ser todos os dias assim, que nem nossas férias, juntos dias e noites.

09.02.15

Domingo passado


   Normalmente é o contrário, sábado com cara de domingo, sexta com cara de domingo, domingo com cara de domingo. Mas desta vez, foi ao contrário, talvez mais compatível comparar com o inesperado, impensável. O domingo passado, o nosso domingo passado, com cara de sábado.
   Virou quase que rotina passar a tarde na sua casa, aos sábados. Ter a sua companhia a tarde toda e se prolongar até a mais amada, madrugada. São horas dividas em partes desiguais, com muitas séries, filmes, as vezes pizza, carinhos, "amassos", conversas e alguns minutos ou até hora(s) de sono ao seu lado. Este é o resumo do nosso sábado, o nosso dia e madrugada juntos, onde compartilhamos algumas breves horas de um vida inteira.

29.01.15

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Se ao menos respeitassem....


  Todos os dias, os mesmos problemas, variando talvez nos horários. A falta de respeito que os motorista dos ônibus tem em relação à todos os outros veículos. Seria interessante se eles usassem suas exclusivas faixas, da maneira correta, apenas elas. Mas pra que esperar o da frente se ele, sendo grande, pode passar por cima dos outros, usufruir de outras faixas, que não exatamente o pertencem, e ultrapassar o seu companheiro? Pra que esperar, se pode passar por cima de todos?
  O objetivo da exclusividade das faixas de ônibus, é a que só eles possam usá-las e as vezes, em alguns lugares, os táxis também. E eles usam, mas usam a deles e todas as outras, a vontade, como se a rua ou avenida fossem apenas deles, como se eles fossem os mais importantes, o centro das atenções. E nós, motoristas de carros somos prejudicados, já que ao passarmos da linha territorial dos ônibus, somos “beneficiados" com a ausência de uma grande e pesada quantia em nossos bolsos.
  O trânsito da cidade de São Paulo já é caótico, pela imensa quantidade de carros na rua, mal há espaço para os carros fluírem com tranquilidade, imagina se movimentar, quando as ruas estão dominadas por ônibus, de todos os tamanhos e todas as cores, é o paraíso pegando fogo. Talvez de cima, na visão dos que andam de helicópteros, eles enxerguem mais que um transito cotidiano, deve parecer um belo de um labirinto, que se movimenta lentamente e só dificulta o encontro da saída.
  Meu pai, sempre me diz, que os maiores deveriam cuidar dos menores, mas caro leitor, isso só acontece nas palavras dele, esta realidade está presa da palavra “deveria”.  Este fato, por mais que seja interessante, raramente acontece, na verdade só acontece quando o irmão mais velho cuida e protege o irmão mais novo, pois no tráfego, o ônibus não respeita nem o farol, imagina o pedestre.

05.11.14 - 06.11.14

sábado, 1 de novembro de 2014

Detalhes notados

 Você já foi embora, já me deixou em casa e rumou para sua tão distante casa, mas a saudades me acompanha para cima e para baixo. Estou aqui, na minha cama, no breu que a chuva deixou a minha casa. Estou aqui sozinha. E ao fechar os olhos, por meros segundos, consigo sentir o carinho que me fez há algumas horas. Sinto sua mão na minha cabeça, seus dedos entrelaçarem meus cabelos, se perderem no nó e no amor, sinto seu cafuné como se estivesse aqui.
 Relembro agora nosso encontro, a passagem da tarde para a noite que passamos juntos, nos braços um do outro. Nos vários poucos minutos que fechei os olhos e dormi no seu peito. Tentando descansar um pouco do que essa semana me destruiu.
Já quero de volta. Quero você aqui, conversar sobre nada e me aquecer no calor do seu corpo. Reparar em cada detalhe do seu rosto. Fazer carinho em você, no seu queixo, na sua barba. 
 Hoje mais cedo, lá no nosso mundo, enquanto você olhava para o nada ou até mesmo para mim, fiquei vagarosamente te olhando e pensando em quantos atores gatos, você está parecendo. Espero não parecer te pressionar, te mudar (pois não quero), mas você de barba me seduz. Hoje ela está no ponto, não muito grande e nem muito rasa. Está com cara de homem, aquele que deixou a criança no passado.
 Lembrei da sexta passada e perdi o fôlego. Você estava simplesmente um “pitel”. Sei que te enchi muito, falei demais, cheguei a irritar. Mas é só porque eu gostei de como você estava, de como estava vestido. Estava diferente e extremamente estiloso. Irei confessar algo, não só meu mas de muitas mulheres. Um homem de calça jeans e camiseta branca, por mais básico que pareça estar, é a melhor combinação possível e uma das mais sexys. E na sexta, além da camiseta branca, estava com um decote razoável, de um tecido diferente. Queria dizer que me apaixonei perdidamente por este look, e me arrependo por não ter tirado uma foto para olhar depois. 

31.10.14

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Quarta feira

Saudades da quarta feira passada, que tive um dia inteiro de descanso. Sem trabalhos intermináveis de virar a noite e os olhos.
Até teve você, que completou a minha tarde com o seu sorriso magnífico e seus abraços protetores. Nossas risadas intercaladas pelas brincadeiras, que quem vê de longe, ou desconhece a intimidade amorosa, nos vê como duas crianças, mas que sejamos crianças felizes.
É tanta saudades e amor, que o restaurante que estava razoavelmente cheio, ao saírmos, estava completamente vazio. Apenas os funcionário limpando e re arrumando o lugar para um possível segundo turno.
Perco a noção do tempo, quando olho profundamente dentro dos teus castanhos olhos. Me encontro em outra dimensão, um mundo só nosso. Sem compromisso ou interrupções.
Desejo mais um dia de descanso, com a sua companhia e seus beijos. E quero o segundo turno da nossa quarta feira. 


21.10.14

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A Paz dos seus braços

 Antes, eu não me importava com o provável e inevitável fim do mundo ou talvez da minha vida. Pouco me interessava sobre as notícias futuras, já que meu presente era tão destroçado e insuportável. Eu vivi, por algum tempo, em uma infinita noite obscura, sem data previsível da volta de um dia ensolarado. Desacreditava na existência da Paz. 
 Pelo menos uma coisa que eu acredito e acreditava aconteceu, o tempo de fato curou e transformou muita coisa, encontrou e solucionou muitos sentimentos perdidos. 
 Hoje me desagrada saber da constante falta de água, da seca que a cada dia piora, nesta atual doença que roda o mundo e mata boa parte da população. Me amedronta saber que talvez, em algum momento em me encontre em uma enredo de filme, mas infelizmente não o romântico ou o de comédia, e sim o de tragédia, com o foco principal, a possível extinção da humanidade. 
Relaciono meu medo não com a perda da minha vida, pois talvez terei outras, misturando um pouco da essência desta alma com as futuras e passadas, e sim de terminar uma história que mal começou. Diria até que está nas preliminares, o aperitivo. Ainda tem muito o vim, que conhecer. Eu quero te conhecer, cada parte do seu corpo e aos poucos entender seus pensamentos. A forma como eles funcionam. Quero fechar os olhos, e te enxergar todo na minha frente, na minha mente. 
 A Paz é relativa, cada um acha ela em um lugar. Talvez eu tenha demorado um pouco, mas encontrei a minha, e é ao seu lado, as vezes na madrugada gelada, meu corpo aquecido pelo seu, que não entendo como, mas sempre pegando fogo, quase não necessitamos de um cobertor, já que me aquece de maneiras diversas, não simplesmente físicas. Tem outros momentos, que a Paz invade nas madrugadas com 29°C e mesmo assim, neste calor, é um momento agradável, repleto de amor e carinho. 
 Não estou pronta para abrir mão, da vida que conquistei com um grande esforço. Muito menos perder você, já que durante setes meses, você se tornou meu, mais a cada dia.
 Ainda tem o fator que mais me preocupa, você mora longe. E eu tenho um defeito, acho que pode ser considerado com um, sempre penso no pior. Em acidentes que podem acontecer e como pessoas ao meu redor se sentiriam se algo me acontecesse, sempre penso. Com isso me aflito, me perco na loucura de minhas ideias, e se algo acontecer? E se alguma tragédia acontecer? E se não der tempo de me despedir? E se não der tempo de falar tudo que desejo? Será que durante a morte você pensa no que não fez ou no que conquistou? Infelizmente, mesmo viva eu penso nos dois e sofro com os dois.
 Eu não quero o fim do mundo, a invasão desta epidemia nos países, esta interminável falta de água. Quero continuar vivendo, quero te conhecer mais, te fazer sorrir até começar a doer o maxilar e mesmo assim continuar, até te faço massagem para relaxar. Eu quero é tentar te fazer feliz. 
 Gostaria muito de ter nascido um gênio, ou pelo menos com mais vontade de fazer qualquer coisa, por você, por nós, pelo bem de muita gente que eu amo, gostaria de achar uma fórmula para solucionar um dos problemas, um de cada vez. Não desejo a Paz Mundial, pois acredito que isso seja apenas uma utopia, já que a maneira de conquista-la não é unanime à todos. 


21.10.14

Ideias

Isso vem lá de dentro, onde durante o dia o ambiente é seco, silencioso, iluminando apenas o medo da perda. E a noite, é úmido, gelado e barulhento. São pensamentos estridentes, perdidos e confusos a respeito de um assunto, uma pessoa, um obstáculo. Já se foram sete meses, longos e duradouros meses... O que falta para oficializar?

20.10.14

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Uma personalidade em cada dia

 Hoje eu sou alta, mas não muito, o suficiente para ser notada e não necessitar dos saltos altos. Cabelos longos, finos, liso na raiz e um pouco ondulado nas pontas, de um tom puxado para ruivo, mais perto do cobre. Meus olhos, no processo, digamos que deu um certo erro, não que tenha danificado algo, apenas único, talvez especial. Eles são verdes, mas não completamente, no interior, a cor mel prevalece, dando um toque de exclusividade. 
 Sou branca, completamente pálida. Rosto, braços, pernas e barriga, tudo. E não é por falta de tentar, até procuro passear um pouco no sol, mas bronzeada é algo que não costumo ficar. Passo protetor solar, para me proteger do exagero, mas sempre fico bastante vermelha. Fico parecendo um bombom de chocolate branco com morango, simples assim. 
 O dia amanheceu com uma brisa agradável, uma temperatura gostosa. Um sol ralo, com pequena intensidade. Felizmente não tenho aula, por motivos de que meu professor está doente, e hoje só teria aula com ele. Minha programação até 1 hora atrás estava completamente vazia, meus horários todos vagos. Mas minha amiga me ligou e pediu ajuda para fazer uns bolos para enviar à uma instituição de crianças órfãs, que ela é voluntária. 
 Esta amiga, é bastante atrapalhada, mas sempre com muita boa vontade para ajudar quem precisa. Cozinha muito bem, seus doces e salgados são de dar água na boca, só de ver eles serem feitos. Por sorte ela mora em uma casa grande, em uma bairro luxuoso, com empregados 24 horas, porque com toda a bagunça que ela faz na cozinha, precisaria de um belo time, para reorganizar o lugar. 
Ao chegar na mansão, fui recebida calorosamente pelos empregados e por uma névoa de farinha. Caos, é uma boa palavra para descrever o lugar, as duas longas bancadas que se localizam no meio da cozinha, estão cheias e um pouco sujas. Dois pacotes de bolos prontos e já embrulhados, um de chocolate e outro que parece de cenoura. Ao lado, mais quatro formas vazias mas já untadas, esperando para colocar a massa. Ao redor das formas, diversas colheres, potes e ingredientes, todos desorganizados e espalhados pelas bancadas. 
Com os morenos cachos presos em um alto coque, minha amiga se encontra em frente ao forno, segurando um pote com a mão esquerda e com a direita uma colher de pau, com a qual está batendo a massa com destreza, em movimentos muito rápido. Em um instante de descanso, ela nota a minha presença e abre um radiante sorriso, repousa a bacia em cima do forno e faz gestos de felicidade e me situa do andamento da produção dos bolos.  
 Eu disse hoje, porque ontem, ahh ontem conheci pessoas inimagináveis, fiz coisas que nunca, em plena sobriedade faria. Ontem eu era loira, com uma franja recente, caída nos olhos, mas que facilmente dava para organiza-la atrás de minhas orelhas. Meus cílios eram longos, moreno claro, quase loiro, precisei passar um rímel para deixa-los visíveis e ressaltar meus olhos verdes. 
 Com o clima agradável que estava, céu azul, com poucas nuvens, um sol bonito e tranquilo, pude usar a saia que ganhei. Foi um presente inesperado, de uma pessoa inesperada, mas de muito bom gosto. Curta, mas nada escandaloso que mostre meu útero, comportada. De cor laranja vivo, mas ao mesmo tempo discreta. A saia era soltinha, de algodão, muito confortável. Junto, coloquei uma regata branca, simples. 
 Saí de casa desacompanhada, sem compromisso. Com uma bolsa pequena, cruzada, que continha apenas o necessário, documento, dinheiro, chave de casa, celular e os óculos escuros. Dessa vez, pela primeira vez, resolvi passear ouvindo o som do ambiente, natural, os batuques distraídos, o chacoalhar das pernas das pessoas imperativas, os assobios dos pássaros, o barulho dos pneus contra o asfalto, que as vezes, deixava até marcas.
 Reparei em uma esquina, que de longe parecia uma qualquer em meio de tantas, mas ao chegar perto, ouvi o burburinho das risadas, da conversa que abraçava a alma, do som baixo e sorrateiro de um jazz antigo, que fazia sintonia à conversa. Havia umas dez pessoas, um grupo pequeno que apreciava e participava de uma arte conjunta em uma parede, que um dia foi branca, mas que naquele momento, estava sendo decorada por várias mãos, discutida por diversas mentes e apreciada por muitos olhares. Todas as cores, encobria aquele muro, formas desenvolvidas, específicas para aquela arte, traços delicados um após o outro.
 Atravessei a rua, com um cuidado distraído, cheguei perto sem fazer muito alvoroço. Esperei o momento certo, quando as risadas diminuíram o volume e juntos, em plena sincronia fizeram uma pausa para respirar. Comentei, em um tom sincero e de fato surpreso, o quão lindo tudo aquilo estava se tornando, perguntei se eu poderia entrar no ambiente tão animado e contagiante. O grupo me abraçou com os olhos, cada um demonstrou tamanha simpatia, e com gestos me convidaram para fazer parte daquele círculo artístico. Me ofereceram algo para beber e após poucos minutos, me senti rodeada de novos amigos, com novas ideias.
 Aquela manhã tranquila, se tornou um uma tarde maravilhosa. Quando reparei, o céu estava tingido em um tom rosado, mesclando o laranja ao rosa, era como se a natureza estivesse fazendo parte daquela arte, que se prolongou durante o dia todo. Com a descida do sol, uma brisa fresca envolveu meus cabelos e das mulheres ao meu redor. Todos, se estremeceram com a chegada do vento frio.
 Com os copos cheios e as geladeiras portáveis, a reunião se trans-locomoveu para a casa de uma das mulheres. Esta, aparentava uns 23 anos, jovem, de pele bronzeada, cabelos morenos e cacheados, em seu braço esquerdo havia uma tatuagem bastante detalhada, que diante os desenhos feito por ela no muro, acredito que ela mesmo, tenha feito o rascunho. Vestia um calça jeans com diversos rasgos transversais ao longo das pernas, nada muito destroçado, junto, vestia uma camiseta de cor vinho, com um considerável decote em que seu médio busto se portava muito bem nele. Ela acolheu todos com muito bom grado em seu apartamento, que na verdade parecia mais um loft. As bebidas alcoólicas se prolongaram durante toda a noite, e o jazz sorrateiro da tarde, se transformou em músicas eletrônicas, que invadiu o ambiente e fez cada batida dos corações presentes no espaço, batessem mais rápido e o que fez parte da música, de corpo e alma. 


15.10.14 - 16.10.14

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Nostalgia do fim de semana

A chegada da segunda feira e aquela desgraça, aquela saudades, a contagem regressiva de quanto tempo, quantos muitos minutos, milhões de segundos faltam, para eu revê-lo, voltar a te ter, só para mim, nos meus braços, preso, nos meus lábios. 

 07.10.14 

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Mais uma quinta feira

Aquela tarde fria, que o vento corta lentamente cada parte exposta do corpo. Que ao invés do sangue, vermelho vivo da ferida, há apenas uma essência, amostra de uma futura gripe, que está por vir, já que repentinamente a brisa quente e agradável do dia anterior, se transformou, inesperadamente em uma ventania sem limites. Vultos transitam desorientados nos corredores da Universidade, desviando com sutileza, evitando movimentos bruscos para não desmanchem o tão ajeitado conjunto de roupas, acomodadas em perfeita desordem no corpo congelado. Mas em meio ao desespero, dos cabelos aos ventos, dos arrepios involuntários, há sorrisos, risadas contagiantes, que em perfeita sintonia aquecem as almas unidas, pela harmonia compartilhada em cada declaração, fala, expressão, da turma de amigos abraçados, encaixados, amontoados que se esquivam do frio e comentários negativos. 


03.10.14

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Deixando fluir

Dia ensolarado, com uma atmosfera tranquila, um pouco úmida mas que é aquecida pelos sonolentos raios solares da manhã de uma sexta feira. Com uma delicadeza volupia, a brisa apossa-se e enlaça os longos e morenos cabelos da jovem de vinte e poucos anos. As pétalas cor de rosa do belo vaso de orquídeas, do consultório de Gabriella, se envolvem na melodia da natureza e seguem o ritmo da dança.

25.09.14

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Só nosso

Aguentaremos até os anos não aguentarem mais. Ao seu lado, meu dia tem muito mais que apenas 24 horas. Ele dura de um jeito que nossas risadas são armazenadas, automaticamente na nuvem. Na nossa nuvem, onde há toda felicidade do mundo, compartilhada por nós, apenas por nós. É questão de segundos para que você transforme minha tristeza, em uma felicidade infinita. Às vezes acho, penso, que em cada encontro nosso, há uma essência de magia, no ar que respiramos, talvez. Porque sei que nada é perfeito, mas ao seu lado, o nosso tempo é. Deve ser algo fantasioso, algo de livro, ou de filme bem feito, ou apenas um romance clichê, mas para mim, é algo a mais, que nunca senti, que nunca vivi, mas que estou disposta, à descobrir, de preferência ao seu lado. 
Me perco no tempo, sua presença me distrai dos mais básicos detalhes. Não diria que me sinto nas nuvens, pois nunca deitei em uma, ou sentei ou conferi se ela realmente tem gosto de algodão doce. Também nunca voei, não por conta própria, tal como os pássaros. Mas diria, que me leva para uma outra dimensão, um lugar que o tempo seja irrelevante, que a saudades seja inexistente, que a privacidade seja prioridade, que os nossos momentos sejam apreciados por nós, apenas nós dois. É de fato interessante, como o tempo incrementa na nossa intimidade. Como ficamos cada vez mais a vontade um com o outro, como a vergonha desaparece aos poucos e só sobra as brincadeiras, as risadas, as cócegas e o amor. Amor só nosso, que só a gente entende, que só a gente sente. As duvidas são constantes, mas não o suficiente para atrapalhar ou acabar algo tão nosso. Não necessito que o resto entenda, o nosso comprometimento um com o outro, um relacionamento complexo mas ao mesmo tempo tão simples, que se baseia em carinho e muito amor. Só necessito que você entenda, o que é nosso, o que sinto, o que diariamente vivemos.


29.07.14 - 30.07.14