Confusa, esse é o meu primeiro, segundo e terceiro nome. Dizem que a esperança é a última que morre, mas a minha esperança de
me entender já morreu faz tempo.
Não te culpo por não me entender, eu até te compreendo. Esses dias, eu estou prestes a enlouquecer, se ainda não enlouqueci.
Pensamentos, imagens muito esquisitas passam em minha mente, como se fossem um desejo em forma de flashes. Eu não sei se consigo explicá-las, mas posso descrevê-las;
“O chão é gelado, eu não sei bem onde estou, mas uma faca do tamanho de um livro médio está próxima a mim. Afiada ele parece ser. Um tempo passa e der repente eu a pego e com um movimento brusco eu a vinco em meu pulso. Espirrando sangue para tudo que é lado, após o ato, ainda ouço o eco do meu grito, ecoar pelo cômodo. A dor eu não sinto, mas um sorriso de coragem se abre em minha face.”
“Abro meus olhos, e não vejo mais as pessoas com suas cores naturais, as vejo vermelhas, doloridas, com feridas espalhadas pelo corpo. Elas me parecem mortas, andando mundo a fora em busca de uma nova vida, de um novo rumo, sem sangue ou brutalidade.”
“Meu cabelo se foi, eu não sei como, mas eu peguei uma faca e cortei. Cortei parte de mim. Agora sou outra pessoa, outro ser, com a mesma alma, mas com outro rosto, com outros olhos.”
26.05.11
27.05.11