Eterna madrugada

Querida madrugada,
Hoje estou cansada.
Não de corpo
Mas de alma.

Vivo com você,
Todo o momento,
Em seu silêncio profundo.

Mas o amanhecer não é tão belo
Como mostra nos filmes,
Ou sereno.
Não há cantos de pássaros
Ou aplausos.

Mas há, de certa forma
Uma pequena plataforma,
Que me leva
Por uns segundos,
À um paraíso.

Mas não é o suficiente,
Para o meu sono e
Corpo,
Estarem, de fato,
Satisfeitos.

Os trabalhadores iniciam seus expedientes,
As construções, exibem e acordam a população ao seu redor,
E os sonolentos, me incluindo,
Cientes da realidade,
Acordam enfurecidos
Com tamanho barulho.

Querida madrugada
Posso não ter ido à balada,
Mas estou cansada.
Contudo, sempre ao seu lado.

31.01.13

Saudades de um amigo perdido

Eu não vou dizer que entendo a dor de cada família ou amigo, que perdeu alguém nessa tragédia em Santa Maria (na madrugada desse domingo 27.01.13). Mas entendo a dor que cresce no coração, ao receber a notícia de que seu amigo, que ontem você conversou não voltará mais. E que agora é mais um Anjo no céu cuidando de você. Entendo a sua saudade, aquele único desejo de ter tido a oportunidade de ter dado um último abraço, ter falado as palavras certas no momento certo, de ter tido a chance de se despedir. Eu entendo a dor da saudade de um amigo perdido por uma tragédia.

28.01.13 

Sono

Ruim é ter sono, mas não ter a vontade suficiente para me levar à cama. Sentir meus olhos arderem e minhas olheiras aumentarem a cada hora que se passa. Perceber que meu corpo não aguenta mais ficar em pé. Notar a mudança de tempo e luminosidade, sem levantar um músculo do meu corpo, para verificar o mundo a fora, e ver se está tudo no lugar certo.  Me dei conta, que o truque ou a tese de contar ovelhas, nunca deu certo, deixando os vestígios da história e a transformando em mito ou lenda. Assim, chego à conclusão, que o sono pode até ser grande e perturbador, mas nunca ganha de uma má vontade e uma pintada de preguiça.

25.01.13

A ampulheta da madrugada

E no silêncio da madrugada,
Um sorriso e uma careta surgem,
Após as luzes serem apagadas.

Como uma ampulheta,
A vida continua,
Devagar,
Mas chegando lá.

Sem tropeçar,
Com todo o cuidado, para não cair.
Afinal, esse silêncio é finito.
O sol já vai sair,
E todo o barulho da cidade irá se completar.
Como o atrito,
Que tem na barba de um homem ao encostar no outro.
Um estouro,
Para alguns.
E algo belo,
Para outros.

Talvez o poema tenha perdido sua noção,
No meio do caminho.
Mas no final,
Há sempre um coração,
Com um espinho
Terminal.

18.01.12

Opinião vs. Fato

Uma mulher só vira alvo dos homens, após ser cobiçada e enfeitiçada por um príncipe ou um que se passe por um. Aí, ela se torna a mais bela de todas.

03.01.13

Nada dura

Todo paraíso um dia vira um inferno.

03.01.13

Saudades de um passado longe

  

  Vaga lembrança é aquela, onde eu acordava às 6h AM no sítio. Levantava, ia até o canil, escolhia um ou dois filhotes do cruzamento de pastor alemão (Laila, querida e amada cachorra. 2005-2011) com um vira-lata, e os levava para dormir na rede comigo. 

  Esse sim, era um passado perfeito! Sem muitas preocupações ou saudades. Felicidade ingênua de uma criança pequena. É uma pena, que uma lembrança tão boa como esta, seja difícil de revê-la ou revivê-la. 

03.01.13