Às vezes, de vez em quando, no silêncio do tédio e
na turbulência dos meus pensamentos, me pergunto, se minhas ideias e criações
são que nem os recursos hídricos, renováveis, mas com a possibilidade de
tornarem-se finitos, por um tempo. Um medo, que não pode ocorrer ainda mais na
carreira que irei seguir medo de um dia os recursos esgotarem e minha mente
esvaziar completamente. Será o caos, não para o mundo, pois ele pouco se
importa, mas para a minha pessoa, para a minha pequena alma que a cada dia
ilumina-se com novas poesias.
E é com essa foto e esta prosa que o senhor leitor
nota, como minha mente faz pouco sentido, é um transito de ideias, as mais
urgentes tentando passar no meio dos carros, mas em seu caminho ao rascunho,
acidentes seguidos são ocorridos, assim só são transcritos fragmentos, com
meias ideias, poucas palavras, às vezes rimas, mas nem sempre lidas.
Mas a planta continua intacta, na foto e no meu
título, e o senhor leitor continua com um ponto de interrogação em sua mente.
Não contarei a história desta planta ou de como ela surgiu em minha casa, pois
não saberei o que te dizer, deste jeito meu desabafo se transformará em um
pequeno conto fictício, pois da minha louca realidade passará a ser uma
monótona verdade. Mas foi uma inspiração, até pouco tempo estava com medo de
que minhas criações tivessem chegado ao fim, que haviam esgotado todos meus
esforços nas redações do cursinho, mas com este texto e com esta planta, vi que
não, ainda tem mais por vir, talvez um poema ou uma prosa, mas nunca um papel
em branco sem nenhum dilema.
17.10.13 - 18.10.13