Aquela tarde fria, que o vento corta lentamente cada parte exposta do corpo. Que ao invés do sangue, vermelho vivo da ferida, há apenas uma essência, amostra de uma futura gripe, que está por vir, já que repentinamente a brisa quente e agradável do dia anterior, se transformou, inesperadamente em uma ventania sem limites. Vultos transitam desorientados nos corredores da Universidade, desviando com sutileza, evitando movimentos bruscos para não desmanchem o tão ajeitado conjunto de roupas, acomodadas em perfeita desordem no corpo congelado. Mas em meio ao desespero, dos cabelos aos ventos, dos arrepios involuntários, há sorrisos, risadas contagiantes, que em perfeita sintonia aquecem as almas unidas, pela harmonia compartilhada em cada declaração, fala, expressão, da turma de amigos abraçados, encaixados, amontoados que se esquivam do frio e comentários negativos.
03.10.14
Nenhum comentário:
Postar um comentário