Apaixonada. Essa é uma ótima palavra, que consegue descrever
o que sinto por tatuagens, em princípio as minhas. Hoje fiz minha segunda,
quase não dormi essa noite, por ansiedade, medo e alegria,tudo ao mesmo tempo,
por finalmente ter chegado o dia, por ter o prazer de riscar mais um item da
minha lista de sonhos a serem realizados. Ainda não caiu a ficha, mas vai cair.
A dor? Não é tão grande assim, não o suficiente para fazer
alguém chorar. Dói! Não vou negar, mas faz parte. Para chegar ao topo, sofremos
no caminho, nenhum sorriso é tão verdadeiro quanto as lágrimas que caíram no
decorrer da vida. Mas essa é minha opinião, que até onde eu sei, ainda tenho a
liberdade de expô-la .
Há sempre uma exceção, em tudo nessa vida. Sim, há muitas
tatuagens horríveis por aí, mas gosto é gosto, e mais que isso, é um sonho
realizado. Hoje, tenho duas tatuagens, e eu as amo. Talvez isso soe ridículo,
mas não estou ligando para isso. É algo meu, meu sonho, meu orgulho, meu corpo,
minha tatuagem, minha vida.
A pena se desfazendo em pássaros, há mais do que um
significado para mim. Não há de fato uma explicação específica. Nessa tatuagem,
há a liberdade, o sonho realizado, o anjo escondido, momentos a serem vividos, o amor nunca esquecido,
a pena do anjo caído, a alma perturbada, pensamentos nunca ditos e uma vida
inteira pela frente.
O Stitch, para quem já viu o desenho da Disney e lembra,
talvez entenda sem precisar explicar.Mas como a outra tatuagem, há vários
motivos por eu tê-lo feito. O mais básico, é que Ohana significa família, e
família significa que ninguém é deixado para trás ou esquecido. E essa tatuagem
não incluiu só eu, e sim meu pai e minha irmã. Então, essa tatuagem significa que
a mudança existe, e não é um milagre. Do mesmo jeito que nunca é tarde para
amar, nunca é tarde para fazer uma tatuagem, e melhor, nunca é tarde para virar
a vida dos seus familiares de cabeça para baixo.
27.04.13