terça-feira, 9 de abril de 2013

Tatuagem o meu orgulho

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 Quando eu falo que vou fazer uma tatuagem definitiva, as pessoas tentam colocar na minha cabeça que tatuagem é para sempre, que tem que pensar bem, porque daqui uns 50 anos eu vou continuar com o mesmo desenho ou frase no meu corpo, que será estranho e a possibilidade de eu me arrepender é grande... Mas sabe? Eu não vou impedir que essas pessoas falem suas opiniões, que por sinal são as mesmas, exatamente iguais, parece que todo mundo saiu da mesma fábrica, todos com a mesma formação, mesma ideia. Mas a pergunta que todos esquecem é “o que você quer?” e “qual é a sua opinião do assunto?”.
 Desde pequena eu era fascinada pelas tatuagens de chiclete, tatuagem de rena então, nossa eu queria fazer mais que tudo, era algo de se orgulhar. E até hoje é, porque haja coragem para fazer uma tatuagem, aguentar a dor e pagar o custo, que não é nada barato. Mas acima de tudo, é poder pegar sua lista de sonhos e poder fazer um “check”. A sensação de realizar um sonho é algo que não dá para explicar ao certo, mas eu recomendo. Tirar um pouco o pé do chão, e ser levado pela vida.  
 Sei que há preconceito em boa parte da população quando o assunto é tatuagem e piercing. O preconceito virou algo natural, melhor definido como algo normal. Sim há campanhas para tentar combater isso, leis para proteger o cidadão que sofre de preconceito, mas é difícil, ainda mais que cada um tem o seu ideal. Enfim minha teoria sobre o assunto da tatuagem é tudo questão de geração. Meus avôs são extremamente contra tatuagem, não entendem o fato de eu querer marcar o meu corpo com algo que será para sempre, onde eu vejo como algo lindo e perfeito, eles vêm como uma sujeira no meu corpo, uma bobagem. E tudo bem, porque na época deles, fazer tatuagem não era algo comum como hoje em dia é. E depois que muitas pessoas assemelham o fato de ter tatuagem com a de ser um bandido fora da lei, nesse aspecto eu não acho assim tão normal, isso foi uma interpretação errada que a sociedade resolveu denominar. Mas como eu disse é questão de geração, meus avôs são totalmente contras e preconceituosos, meus pais aceitam, mas não completamente, depende do que exatamente farei e eu, acho lindo, claro que depende do desenho, mas acho muito bonito, admiro quem tem e sempre fico com a curiosidade de perguntar o significado ou só elogiar. Assim penso que meus filhos acharam normal o fato das pessoas possuírem, sem falar da educação que darei.
 Sobre se arrepender, sim há uma possibilidade, mas sinceramente eu não me importo! Porque sim eu sou jovem e tenho vontade de fazer milhões de coisas ao mesmo tempo, mas se um dia eu me arrepender, pelo menos me arrependerei de ter feito, e não de ter apenas sonhado, de ter vivido minha vida do jeito que imaginei. Terei realizado boa parte dos meus sonhos e é isso que importa. Agora sobre fazer uma tatuagem em um lugar escondido, eu não concordo. Sei que a sociedade é preconceituosa, e que dependendo do que você tem no corpo ela simplesmente te exclui do mercado de trabalho. Por mais que eu ache isso um absurdo, por enquanto terei que me conformar. Mas o pior são os exemplos que as pessoas dão, como; “se um dia você for madrinha de casamento, o que você fará com sua tatuagem?”, eu não sei o porquê da pergunta, porque eu acho muito óbvio. Se a pessoa me convidou para ser madrinha do casamento dela, é porque ela me respeita e me aceita do jeito que sou então a única resposta que se passa na minha cabeça é que não farei nada, além de deixa-la exposta. Porque é um orgulho que tenho.
 E por fim, eu acredito na liberdade de expressão, por isso não me importo com o que as pessoas vivem me falando. Mas acima de tudo eu acredito em respeito, respeito pela minha opinião, não desejo que goste ou não, só que respeite. Porque minha vida simplesmente não é da sua conta.

09.04.13 

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