quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Se ao menos respeitassem....


  Todos os dias, os mesmos problemas, variando talvez nos horários. A falta de respeito que os motorista dos ônibus tem em relação à todos os outros veículos. Seria interessante se eles usassem suas exclusivas faixas, da maneira correta, apenas elas. Mas pra que esperar o da frente se ele, sendo grande, pode passar por cima dos outros, usufruir de outras faixas, que não exatamente o pertencem, e ultrapassar o seu companheiro? Pra que esperar, se pode passar por cima de todos?
  O objetivo da exclusividade das faixas de ônibus, é a que só eles possam usá-las e as vezes, em alguns lugares, os táxis também. E eles usam, mas usam a deles e todas as outras, a vontade, como se a rua ou avenida fossem apenas deles, como se eles fossem os mais importantes, o centro das atenções. E nós, motoristas de carros somos prejudicados, já que ao passarmos da linha territorial dos ônibus, somos “beneficiados" com a ausência de uma grande e pesada quantia em nossos bolsos.
  O trânsito da cidade de São Paulo já é caótico, pela imensa quantidade de carros na rua, mal há espaço para os carros fluírem com tranquilidade, imagina se movimentar, quando as ruas estão dominadas por ônibus, de todos os tamanhos e todas as cores, é o paraíso pegando fogo. Talvez de cima, na visão dos que andam de helicópteros, eles enxerguem mais que um transito cotidiano, deve parecer um belo de um labirinto, que se movimenta lentamente e só dificulta o encontro da saída.
  Meu pai, sempre me diz, que os maiores deveriam cuidar dos menores, mas caro leitor, isso só acontece nas palavras dele, esta realidade está presa da palavra “deveria”.  Este fato, por mais que seja interessante, raramente acontece, na verdade só acontece quando o irmão mais velho cuida e protege o irmão mais novo, pois no tráfego, o ônibus não respeita nem o farol, imagina o pedestre.

05.11.14 - 06.11.14

sábado, 1 de novembro de 2014

Detalhes notados

 Você já foi embora, já me deixou em casa e rumou para sua tão distante casa, mas a saudades me acompanha para cima e para baixo. Estou aqui, na minha cama, no breu que a chuva deixou a minha casa. Estou aqui sozinha. E ao fechar os olhos, por meros segundos, consigo sentir o carinho que me fez há algumas horas. Sinto sua mão na minha cabeça, seus dedos entrelaçarem meus cabelos, se perderem no nó e no amor, sinto seu cafuné como se estivesse aqui.
 Relembro agora nosso encontro, a passagem da tarde para a noite que passamos juntos, nos braços um do outro. Nos vários poucos minutos que fechei os olhos e dormi no seu peito. Tentando descansar um pouco do que essa semana me destruiu.
Já quero de volta. Quero você aqui, conversar sobre nada e me aquecer no calor do seu corpo. Reparar em cada detalhe do seu rosto. Fazer carinho em você, no seu queixo, na sua barba. 
 Hoje mais cedo, lá no nosso mundo, enquanto você olhava para o nada ou até mesmo para mim, fiquei vagarosamente te olhando e pensando em quantos atores gatos, você está parecendo. Espero não parecer te pressionar, te mudar (pois não quero), mas você de barba me seduz. Hoje ela está no ponto, não muito grande e nem muito rasa. Está com cara de homem, aquele que deixou a criança no passado.
 Lembrei da sexta passada e perdi o fôlego. Você estava simplesmente um “pitel”. Sei que te enchi muito, falei demais, cheguei a irritar. Mas é só porque eu gostei de como você estava, de como estava vestido. Estava diferente e extremamente estiloso. Irei confessar algo, não só meu mas de muitas mulheres. Um homem de calça jeans e camiseta branca, por mais básico que pareça estar, é a melhor combinação possível e uma das mais sexys. E na sexta, além da camiseta branca, estava com um decote razoável, de um tecido diferente. Queria dizer que me apaixonei perdidamente por este look, e me arrependo por não ter tirado uma foto para olhar depois. 

31.10.14

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Quarta feira

Saudades da quarta feira passada, que tive um dia inteiro de descanso. Sem trabalhos intermináveis de virar a noite e os olhos.
Até teve você, que completou a minha tarde com o seu sorriso magnífico e seus abraços protetores. Nossas risadas intercaladas pelas brincadeiras, que quem vê de longe, ou desconhece a intimidade amorosa, nos vê como duas crianças, mas que sejamos crianças felizes.
É tanta saudades e amor, que o restaurante que estava razoavelmente cheio, ao saírmos, estava completamente vazio. Apenas os funcionário limpando e re arrumando o lugar para um possível segundo turno.
Perco a noção do tempo, quando olho profundamente dentro dos teus castanhos olhos. Me encontro em outra dimensão, um mundo só nosso. Sem compromisso ou interrupções.
Desejo mais um dia de descanso, com a sua companhia e seus beijos. E quero o segundo turno da nossa quarta feira. 


21.10.14

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A Paz dos seus braços

 Antes, eu não me importava com o provável e inevitável fim do mundo ou talvez da minha vida. Pouco me interessava sobre as notícias futuras, já que meu presente era tão destroçado e insuportável. Eu vivi, por algum tempo, em uma infinita noite obscura, sem data previsível da volta de um dia ensolarado. Desacreditava na existência da Paz. 
 Pelo menos uma coisa que eu acredito e acreditava aconteceu, o tempo de fato curou e transformou muita coisa, encontrou e solucionou muitos sentimentos perdidos. 
 Hoje me desagrada saber da constante falta de água, da seca que a cada dia piora, nesta atual doença que roda o mundo e mata boa parte da população. Me amedronta saber que talvez, em algum momento em me encontre em uma enredo de filme, mas infelizmente não o romântico ou o de comédia, e sim o de tragédia, com o foco principal, a possível extinção da humanidade. 
Relaciono meu medo não com a perda da minha vida, pois talvez terei outras, misturando um pouco da essência desta alma com as futuras e passadas, e sim de terminar uma história que mal começou. Diria até que está nas preliminares, o aperitivo. Ainda tem muito o vim, que conhecer. Eu quero te conhecer, cada parte do seu corpo e aos poucos entender seus pensamentos. A forma como eles funcionam. Quero fechar os olhos, e te enxergar todo na minha frente, na minha mente. 
 A Paz é relativa, cada um acha ela em um lugar. Talvez eu tenha demorado um pouco, mas encontrei a minha, e é ao seu lado, as vezes na madrugada gelada, meu corpo aquecido pelo seu, que não entendo como, mas sempre pegando fogo, quase não necessitamos de um cobertor, já que me aquece de maneiras diversas, não simplesmente físicas. Tem outros momentos, que a Paz invade nas madrugadas com 29°C e mesmo assim, neste calor, é um momento agradável, repleto de amor e carinho. 
 Não estou pronta para abrir mão, da vida que conquistei com um grande esforço. Muito menos perder você, já que durante setes meses, você se tornou meu, mais a cada dia.
 Ainda tem o fator que mais me preocupa, você mora longe. E eu tenho um defeito, acho que pode ser considerado com um, sempre penso no pior. Em acidentes que podem acontecer e como pessoas ao meu redor se sentiriam se algo me acontecesse, sempre penso. Com isso me aflito, me perco na loucura de minhas ideias, e se algo acontecer? E se alguma tragédia acontecer? E se não der tempo de me despedir? E se não der tempo de falar tudo que desejo? Será que durante a morte você pensa no que não fez ou no que conquistou? Infelizmente, mesmo viva eu penso nos dois e sofro com os dois.
 Eu não quero o fim do mundo, a invasão desta epidemia nos países, esta interminável falta de água. Quero continuar vivendo, quero te conhecer mais, te fazer sorrir até começar a doer o maxilar e mesmo assim continuar, até te faço massagem para relaxar. Eu quero é tentar te fazer feliz. 
 Gostaria muito de ter nascido um gênio, ou pelo menos com mais vontade de fazer qualquer coisa, por você, por nós, pelo bem de muita gente que eu amo, gostaria de achar uma fórmula para solucionar um dos problemas, um de cada vez. Não desejo a Paz Mundial, pois acredito que isso seja apenas uma utopia, já que a maneira de conquista-la não é unanime à todos. 


21.10.14

Ideias

Isso vem lá de dentro, onde durante o dia o ambiente é seco, silencioso, iluminando apenas o medo da perda. E a noite, é úmido, gelado e barulhento. São pensamentos estridentes, perdidos e confusos a respeito de um assunto, uma pessoa, um obstáculo. Já se foram sete meses, longos e duradouros meses... O que falta para oficializar?

20.10.14

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Uma personalidade em cada dia

 Hoje eu sou alta, mas não muito, o suficiente para ser notada e não necessitar dos saltos altos. Cabelos longos, finos, liso na raiz e um pouco ondulado nas pontas, de um tom puxado para ruivo, mais perto do cobre. Meus olhos, no processo, digamos que deu um certo erro, não que tenha danificado algo, apenas único, talvez especial. Eles são verdes, mas não completamente, no interior, a cor mel prevalece, dando um toque de exclusividade. 
 Sou branca, completamente pálida. Rosto, braços, pernas e barriga, tudo. E não é por falta de tentar, até procuro passear um pouco no sol, mas bronzeada é algo que não costumo ficar. Passo protetor solar, para me proteger do exagero, mas sempre fico bastante vermelha. Fico parecendo um bombom de chocolate branco com morango, simples assim. 
 O dia amanheceu com uma brisa agradável, uma temperatura gostosa. Um sol ralo, com pequena intensidade. Felizmente não tenho aula, por motivos de que meu professor está doente, e hoje só teria aula com ele. Minha programação até 1 hora atrás estava completamente vazia, meus horários todos vagos. Mas minha amiga me ligou e pediu ajuda para fazer uns bolos para enviar à uma instituição de crianças órfãs, que ela é voluntária. 
 Esta amiga, é bastante atrapalhada, mas sempre com muita boa vontade para ajudar quem precisa. Cozinha muito bem, seus doces e salgados são de dar água na boca, só de ver eles serem feitos. Por sorte ela mora em uma casa grande, em uma bairro luxuoso, com empregados 24 horas, porque com toda a bagunça que ela faz na cozinha, precisaria de um belo time, para reorganizar o lugar. 
Ao chegar na mansão, fui recebida calorosamente pelos empregados e por uma névoa de farinha. Caos, é uma boa palavra para descrever o lugar, as duas longas bancadas que se localizam no meio da cozinha, estão cheias e um pouco sujas. Dois pacotes de bolos prontos e já embrulhados, um de chocolate e outro que parece de cenoura. Ao lado, mais quatro formas vazias mas já untadas, esperando para colocar a massa. Ao redor das formas, diversas colheres, potes e ingredientes, todos desorganizados e espalhados pelas bancadas. 
Com os morenos cachos presos em um alto coque, minha amiga se encontra em frente ao forno, segurando um pote com a mão esquerda e com a direita uma colher de pau, com a qual está batendo a massa com destreza, em movimentos muito rápido. Em um instante de descanso, ela nota a minha presença e abre um radiante sorriso, repousa a bacia em cima do forno e faz gestos de felicidade e me situa do andamento da produção dos bolos.  
 Eu disse hoje, porque ontem, ahh ontem conheci pessoas inimagináveis, fiz coisas que nunca, em plena sobriedade faria. Ontem eu era loira, com uma franja recente, caída nos olhos, mas que facilmente dava para organiza-la atrás de minhas orelhas. Meus cílios eram longos, moreno claro, quase loiro, precisei passar um rímel para deixa-los visíveis e ressaltar meus olhos verdes. 
 Com o clima agradável que estava, céu azul, com poucas nuvens, um sol bonito e tranquilo, pude usar a saia que ganhei. Foi um presente inesperado, de uma pessoa inesperada, mas de muito bom gosto. Curta, mas nada escandaloso que mostre meu útero, comportada. De cor laranja vivo, mas ao mesmo tempo discreta. A saia era soltinha, de algodão, muito confortável. Junto, coloquei uma regata branca, simples. 
 Saí de casa desacompanhada, sem compromisso. Com uma bolsa pequena, cruzada, que continha apenas o necessário, documento, dinheiro, chave de casa, celular e os óculos escuros. Dessa vez, pela primeira vez, resolvi passear ouvindo o som do ambiente, natural, os batuques distraídos, o chacoalhar das pernas das pessoas imperativas, os assobios dos pássaros, o barulho dos pneus contra o asfalto, que as vezes, deixava até marcas.
 Reparei em uma esquina, que de longe parecia uma qualquer em meio de tantas, mas ao chegar perto, ouvi o burburinho das risadas, da conversa que abraçava a alma, do som baixo e sorrateiro de um jazz antigo, que fazia sintonia à conversa. Havia umas dez pessoas, um grupo pequeno que apreciava e participava de uma arte conjunta em uma parede, que um dia foi branca, mas que naquele momento, estava sendo decorada por várias mãos, discutida por diversas mentes e apreciada por muitos olhares. Todas as cores, encobria aquele muro, formas desenvolvidas, específicas para aquela arte, traços delicados um após o outro.
 Atravessei a rua, com um cuidado distraído, cheguei perto sem fazer muito alvoroço. Esperei o momento certo, quando as risadas diminuíram o volume e juntos, em plena sincronia fizeram uma pausa para respirar. Comentei, em um tom sincero e de fato surpreso, o quão lindo tudo aquilo estava se tornando, perguntei se eu poderia entrar no ambiente tão animado e contagiante. O grupo me abraçou com os olhos, cada um demonstrou tamanha simpatia, e com gestos me convidaram para fazer parte daquele círculo artístico. Me ofereceram algo para beber e após poucos minutos, me senti rodeada de novos amigos, com novas ideias.
 Aquela manhã tranquila, se tornou um uma tarde maravilhosa. Quando reparei, o céu estava tingido em um tom rosado, mesclando o laranja ao rosa, era como se a natureza estivesse fazendo parte daquela arte, que se prolongou durante o dia todo. Com a descida do sol, uma brisa fresca envolveu meus cabelos e das mulheres ao meu redor. Todos, se estremeceram com a chegada do vento frio.
 Com os copos cheios e as geladeiras portáveis, a reunião se trans-locomoveu para a casa de uma das mulheres. Esta, aparentava uns 23 anos, jovem, de pele bronzeada, cabelos morenos e cacheados, em seu braço esquerdo havia uma tatuagem bastante detalhada, que diante os desenhos feito por ela no muro, acredito que ela mesmo, tenha feito o rascunho. Vestia um calça jeans com diversos rasgos transversais ao longo das pernas, nada muito destroçado, junto, vestia uma camiseta de cor vinho, com um considerável decote em que seu médio busto se portava muito bem nele. Ela acolheu todos com muito bom grado em seu apartamento, que na verdade parecia mais um loft. As bebidas alcoólicas se prolongaram durante toda a noite, e o jazz sorrateiro da tarde, se transformou em músicas eletrônicas, que invadiu o ambiente e fez cada batida dos corações presentes no espaço, batessem mais rápido e o que fez parte da música, de corpo e alma. 


15.10.14 - 16.10.14

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Nostalgia do fim de semana

A chegada da segunda feira e aquela desgraça, aquela saudades, a contagem regressiva de quanto tempo, quantos muitos minutos, milhões de segundos faltam, para eu revê-lo, voltar a te ter, só para mim, nos meus braços, preso, nos meus lábios. 

 07.10.14 

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Mais uma quinta feira

Aquela tarde fria, que o vento corta lentamente cada parte exposta do corpo. Que ao invés do sangue, vermelho vivo da ferida, há apenas uma essência, amostra de uma futura gripe, que está por vir, já que repentinamente a brisa quente e agradável do dia anterior, se transformou, inesperadamente em uma ventania sem limites. Vultos transitam desorientados nos corredores da Universidade, desviando com sutileza, evitando movimentos bruscos para não desmanchem o tão ajeitado conjunto de roupas, acomodadas em perfeita desordem no corpo congelado. Mas em meio ao desespero, dos cabelos aos ventos, dos arrepios involuntários, há sorrisos, risadas contagiantes, que em perfeita sintonia aquecem as almas unidas, pela harmonia compartilhada em cada declaração, fala, expressão, da turma de amigos abraçados, encaixados, amontoados que se esquivam do frio e comentários negativos. 


03.10.14

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Deixando fluir

Dia ensolarado, com uma atmosfera tranquila, um pouco úmida mas que é aquecida pelos sonolentos raios solares da manhã de uma sexta feira. Com uma delicadeza volupia, a brisa apossa-se e enlaça os longos e morenos cabelos da jovem de vinte e poucos anos. As pétalas cor de rosa do belo vaso de orquídeas, do consultório de Gabriella, se envolvem na melodia da natureza e seguem o ritmo da dança.

25.09.14

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Só nosso

Aguentaremos até os anos não aguentarem mais. Ao seu lado, meu dia tem muito mais que apenas 24 horas. Ele dura de um jeito que nossas risadas são armazenadas, automaticamente na nuvem. Na nossa nuvem, onde há toda felicidade do mundo, compartilhada por nós, apenas por nós. É questão de segundos para que você transforme minha tristeza, em uma felicidade infinita. Às vezes acho, penso, que em cada encontro nosso, há uma essência de magia, no ar que respiramos, talvez. Porque sei que nada é perfeito, mas ao seu lado, o nosso tempo é. Deve ser algo fantasioso, algo de livro, ou de filme bem feito, ou apenas um romance clichê, mas para mim, é algo a mais, que nunca senti, que nunca vivi, mas que estou disposta, à descobrir, de preferência ao seu lado. 
Me perco no tempo, sua presença me distrai dos mais básicos detalhes. Não diria que me sinto nas nuvens, pois nunca deitei em uma, ou sentei ou conferi se ela realmente tem gosto de algodão doce. Também nunca voei, não por conta própria, tal como os pássaros. Mas diria, que me leva para uma outra dimensão, um lugar que o tempo seja irrelevante, que a saudades seja inexistente, que a privacidade seja prioridade, que os nossos momentos sejam apreciados por nós, apenas nós dois. É de fato interessante, como o tempo incrementa na nossa intimidade. Como ficamos cada vez mais a vontade um com o outro, como a vergonha desaparece aos poucos e só sobra as brincadeiras, as risadas, as cócegas e o amor. Amor só nosso, que só a gente entende, que só a gente sente. As duvidas são constantes, mas não o suficiente para atrapalhar ou acabar algo tão nosso. Não necessito que o resto entenda, o nosso comprometimento um com o outro, um relacionamento complexo mas ao mesmo tempo tão simples, que se baseia em carinho e muito amor. Só necessito que você entenda, o que é nosso, o que sinto, o que diariamente vivemos.


29.07.14 - 30.07.14

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Via ensolarada

Durante a alvorada,
Me localizei em outra camada
Embaixo da estrada,
Perdida na entrada
No meio da retirada,
Apenas preocupada.


26.06.14

Você

Me aquece de maneiras que meu corpo se confunde em meio ao caos e a euforia de estar ao seu lado. Sinto calor e frio, no intervalo do mesmo minuto, meu corpo não consegue decifrar a diferença do aquecer meu coração, aquecer meu corpo e confortar a minha alma. O fato de conseguir fazer essas ações simultaneamente e bem feitas, provoca uma falha no sistema, local este onde processa a vontade, de tirar e colocar o casaco.

26.06.14

sábado, 21 de junho de 2014

Intimidade compartilhada

Virou rotina
Parte do dia a dia
Presente nas manhãs
E principalmente nas noites.
Não desejo o sentimento ausente
Mas a saudades
É de fato persistente.
Longe de ser gostoso,
Chega a ser um pouco tenebroso
Mas ao mesmo tempo majestoso.
Trata-se de uma novidade,
O inesperado
Transformado em felicidade.
Essa,
Expressiva
E acomodada de forma passiva.

Em sua ausência
Procuro ao máximo
Não me perder em minhas perguntas.
Transferir as dúvidas
Em uma porção a mais de paciência.
Sair da iminência,
Da constante carência.
Não diria desespero
Muito menos exagero.
Apenas que minha vida
Foi de fato promovida,
Da tristeza para a alegria.

Ao seu lado
Não há lugar para o clichê literário
Ou a cultura distorcida do mundo da música.
Somos a parte
Parte da arte,
Pedaço da sociedade,
Quebra cabeça da cidade,
Juntos pela intimidade.
Cada amor
Tem sua história.
Não há repetição da trajetória.
O destino define
O primor de nosso conto,
E o momento do nosso conforto.

Aceitaria um abraço,
Não qualquer um.
Aquele seu,
Firme que nem aço.
De quando você abre os braços
E me engloba
Fazendo com que me sinta em casa.
Acrescentaria um beijo,
Que rima com queijo,
Mas que pouco importa,
Já que o seu
O nosso
Beijo,
Me leva, para além das nuvens
Para um infinito, onde há só a gente.


22.06.14

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Rima consistente

A gente
Se perde na mente,
Pela gente que mente,
Ser um agente
De forma persistente,
Que nem um demente.

29.05.14

terça-feira, 27 de maio de 2014

Na carreira certa

A escrita me define, sou o que sou por conseguir na maioria das vezes, interpretar meus pensamentos jogados em algo construtivo. Me falha a fala, o som dela me intimida, seu processo me altera e o resultado me amedronta.

28.05.14 

Declarando...

Se no momento não é possível falar, que a escrita, mais um vez me salve, desta agonia de gritar. Para o mundo e para você, que Eu Te Amo, e não dá mais para esconder. 

25.05.14

terça-feira, 6 de maio de 2014

Transformação

pretending it's okay. | via Tumblr
Finalmente a garota resolveu ressuscitar o seu apreciável sorriso, pensei por um momento, que tivesse assassinado e enterrado em um buraco profundo e inatingível. Resolveu, após tanto tempo combater a infelicidade instalada em sua mente abalada e alma despedaçada. Criou coragem para colocar sua vida em ordem, guardar em uma gaveta ou até mesmo em um grande armário, o seu passado. Para que em um dia de saudades, ser possível reorganizar as lembranças, recolocando-as em seu devido lugar, o coração. Diria até, que fez bem de escondê-las, por um breve período, até ser possível olhar e não chorar, por tamanha nostalgia.
Garota, assopro aqui, a sua essência. Não perca de novo, esta sua vontade de viver. Pule a ponto de voar, de sentir a brisa passar em meio ao seu escopo. Não crie expectativas, apenas o encanto da harmonia do Anjo, que ainda, após dois anos, cuida de você. Sei que ainda sonha, nas entrelinhas, o amor do seu amigo, por isso tranquilize-se, pois ele, nem por um segundo será esquecido. Não é porque você resolveu sorrir, que a tristeza de perdê-lo, irá, em um passe de mágica, desaparecer. Portanto, sorria, você, mais que ninguém, merece. Tem o direito, de irradiar essa sua alegria.
Talvez eu devesse chama-la de mulher, pois do modo que conseguiu colorir sua alma nublada, adquiriu, de algum jeito, transformar-se por completo. À sua volta, vejo cores alegres brilharem e destacarem a sua beleza, definida por seu sorriso e olhos, que agora, estão abertos, prontos para enxergar o novo mundo, colorido.  Seus pés tocam o chão, da maneira em que as pétalas das mais variadas flores, se desabrocham, disseminando-as em uma fragrância no ar. O som da atmosfera ensurdece o caos silenciado pela dança da flora. Eu enxergo cores, guiarem seu rumo. Eu vejo o Anjo, cuidando.

07.05.14

sábado, 3 de maio de 2014

Não repare só na flor

De todas as cores
Mas de fato nenhuma.
Um simples degradê.
Perdido em plena prosa,
Ao lado da alma cor de rosa
Que foge do clichê
E se aconchega em você.

Tem azul e roxo
A combinação da mistura
A formação da cura.

Remédio pra que?
Se não é doença
E sim um sentimento.
Perdido e indeciso
Em meio à diferença
Do destino e seu sorriso.

04.05.14

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Um impulso de coragem

Eu não deveria, mas tenho vergonha. E neste específico assunto, eu culpo a sociedade, não ela por inteiro, claro. Mas a pressão que ela causa em cada indivíduo, exigindo a perfeição de cada um, introduzindo um paradigma distorcido, já que a beleza é relativa, portanto não é possível criar um manual para obter a tal beleza idealizada.
A vergonha não se trata exatamente do meu corpo e sim do estado que cheguei. Precisei chegar ao extremo e no limite, para decidir mudar, e durante esta mudança, surgiu o orgulho da conquista, pois eu consegui contra todos os obstáculos eu consegui.
Em um ano eu perdi 37 kg. E por mais impressionante que esta perda tenha sido, eu não só perdi quilos, perdi boa parte da minha insegurança em relação ao meu corpo, perdi a preguiça e conquistei a coragem e o sucesso. Conquistei a minha felicidade, meu lugar neste mundo não tão destruído. Descobri que o problema da minha infelicidade durante todos esses anos, dependia de mim, somente do meu esforço e boa vontade.
É necessário, todo individuo possuir um sonho e acreditar nele. É a base de sobrevivência que o homem cria para si, para se proteger da assustadora realidade e muda-la conforme seus planos. É necessário acreditar e jamais abandonar.
Por muitos anos eu me perdi, deixei meu sonho em uma estante utópica, como algo impossível e inatingível. Não digo que me arrependo disso, pois não é possível se arrepender de algo que te fortalece, mas um conselho? Não demore tanto, pois a satisfação de realizar O sonho, de finalmente se ajeitar na vida e ver que ela não é tão destruída assim, não tem preço, muito menos uma definição específica, é apenas o melhor sentimento de todos. É o sentimento de ser finalmente feliz.
E eu agradeço a todos os elogios, todas as pessoas que me apoiaram que entraram nesta luta comigo, que me incentivaram a ir até o fim, agradeço a inexistência do preconceito e do olhar estranho. Agradeço por simplesmente existirem e acreditarem, que se é desejado é possível.

29.04.14

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Cores e texturas

Não é todo o sempre, que o chão é apenas feito para te sustentar e ser pisoteado. Ele pode ser uma obra de arte, algo belo, que chame a atenção pela sua beleza. E no processo de fazer seu papel, é reconhecido por algo a mais, não só pelo seu "trabalho", mas pelo seu charme

14.04.14

Para refletir

Me pergunto
Se alguém se importa,
Com os motivos e os valores.
Do seguinte assunto;
Sociedade morta.

Não fez sentido?
É porque é um assunto, para ser refletido
Com calma e paciência.
Na minha poesia
Não há saliência,
Apenas, quem sabe, sabedoria.

17.04.14

segunda-feira, 31 de março de 2014

Ems

Te vejo todos os dias, por assim notando, a nomeei com um nome simples, comum talvez nos estados unidos, de minha preferência, pois achei adequado para você.  Digo oi sempre, bom dia quando passo pela manhã e boa tarde em pleno horário do almoço. É banal tal fato, mas eu a notei, em meio do caos do trânsito, sentada no pedaço de banco que possui, com as mesmas roupas todos os dias, agindo da forma mais natural que você se conhece como pessoa. Eu a notei, não sei exatamente o porquê, apenas achei digno da minha parte, escrever uma prosa em sua homenagem, para mostrar para quem estiver disposto a ler, a sua existência neste mundo. Nunca conversei ou ao menos passei ao seu lado, apenas de carro, mas sempre olho, reparo nas suas ações, todos os dias, pois sua existência, seu jeito divertido de ser, faz com que minha impaciência no trajeto para a faculdade, desapareça durante cinco longos minutos. A paz inexplicável me acolhe e é um dos momentos mais aleatórios do meu dia, mas que não troco, por nada.


31.03.14

domingo, 9 de março de 2014

Aquele olhar capturado

Aquele olhar que invade a alma e transparece na consciência, que culpa a inocência e ilude as incertezas. Um olhar de animal carente, suplicando por um carinho ou um simples resto de comida. O olhar independente, mas que sobrevive solitariamente, à procura de uma companhia, que ande de acordo com sua vida. Aquele olhar doméstico, que se apaixona pelo inevitável e o inacreditável do ato inesperado.

08.03.14

sexta-feira, 7 de março de 2014

Nuvens do entardecer

Colori os espaços cinzentos, para que a chegada da noite, não assuste, aqueles que estão acostumados com o dia tão iluminado.

06.03.14

quinta-feira, 6 de março de 2014

Carnaval 2014


O sorriso internacional
Misturado com o nacional.
Pulando na mesma folia
Compartilhando a mesma alegria.
De forma que, juntos
Não há preconceito,
Mas não há também, ninguém sóbrio.
A rua estava lotada
Com latas, todas jogadas
No chão que niguém enxerga,
Mas que sustenta todas as danças.

05.03.14


domingo, 9 de fevereiro de 2014

A procura da irregularidade

Percorri o longo caminho
Do glacial ao infernal.
Recuei por assim, sozinho.
Na busca do natural.

Através da educação
Encontrei na geografia,
A causa da sensação
Que por hora, me atrofia;

Aquecimento global.
Vocabulário que explica
Meu atual singelo austral
Que nesse tempo te implica.


09.02.14

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Um calor sobrenatural

E se olharmos, 
Com precisão e intenção, 
De reconhecer.
Repararemos 
Na simplicidade e originalidade 
Da forma arredondada, 
Que o sol, 
Acompanhado das nuvens,
Inferniza, 
A tarde dos paulistanos.

08.02.14

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Um momento sem equilíbrio

Assim torto,
Sem muito sentido
Mas provido
Com tamanha beleza,
Das cores
Diversas,
Transbordadas pelos versos
De uma poesia perturbada.

02.02.14

sábado, 1 de fevereiro de 2014

A transformação do rosa

O rosa,
Ilumina a garota perdida,
Que vaga,
Solitária
Pelas linhas de um caminho inabitado.
Sempre deixado de lado
Por um povo desacordado.

Agora,
Em um presente consciente,
A garota abre sua mente,
Para esse mundo desconhecido
Repleto de sentidos.
Que por muito tempo,
Permaneceu interrompido.

Neste mundo,
O nascer desta alma,
Desta garota,
É o destino planejado dos anjos.
Que foram pacientes
E esperaram,
O momento certo para aparecer e renascer,
A singularidade momentânea,
De uma vida espontânea.

Nesta vida,
A garota recebeu a permissão,
De aproveitar sua existência,
Com a devida gratidão
E o abuso da emoção.
Em seu caminho
É possível ouvir
O louvor da melodia
Cantarolada em harmonia.

01.02.14